Problemas no abastecimento, que iniciaram há mais de um mês, se intensificaram nos últimos dias. Previsão é que normalização aconteça até quinta-feira (20), promete Sanepar. Moradores fazem fila em bica d’água em Ponta Grossa
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Moradores de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, têm feito filas durante o dia, a noite e a madrugada em bicas para ter acesso a água. É o caso de Alana Zagle, que já foi cinco vezes até um dos locais devido às torneiras estarem secas em casa e no restaurante da família.
“É humilhante pra todo mundo, eu acho”, afirma.
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Moradores fazem fila em bica d’água em Ponta Grossa
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A cidade tem mais de 372,5 mil habitantes e a maior parte deles está sem abastecimento de água desde domingo (16), após o início de obras que visam resolver o problema de fornecimento que começou há mais de um mês. Segundo a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), pelo menos 70% do município foi afetado pelo corte. Saiba mais abaixo.
A falta do recurso hídrico encanado também provocou o fechamento de estabelecimentos comerciais, o cancelamento do expediente de órgãos públicos, como da Prefeitura e da Câmara Municipal, a dispensa de alunos de escolas e ainda o adiamento de cirurgias em hospitais.
Um exemplo é o Hospital Universitário da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG), que atua de forma regional e é o maior hospital público dos Campos Gerais – região que soma mais de um milhão de habitantes. Na manhã desta terça-feira (18), a UEPG emitiu uma nota afirmando priorizar os atendimentos de urgência e emergência.
“A Universidade Estadual de Ponta Grossa, por meio do seu Hospital Universitário, informa que está reagendando as cirurgias eletivas, de forma preventiva, devido ao baixo nível de água nos reservatórios. Nesse momento de escassez, a UEPG está destinando a reserva de água para manutenção dos atendimentos de urgência e emergência”, diz o texto.
De acordo com a Prefeitura Municipal, ao menos 21 escolas e creches dispensaram alunos por falta de água na segunda-feira (17). Segundo o Núcleo Estadual de Educação, 60% dos colégios estaduais estão com problemas no abastecimento de água na cidade e, consequentemente, na realização de aulas.
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O que diz a Sanepar
Segundo a Sanepar, o problema se deve a obras de ampliação do sistema que foram iniciadas no domingo (16) e deveriam ser concluídas no mesmo dia, mas atrasaram por conta de vazamentos.
A nova previsão, anunciada na manhã desta terça-feira (18) pela Sanepar em coletiva de imprensa, é que as obras sejam finalizadas e o abastecimento seja normalizado até quinta-feira (20).
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Um mês de problemas
Os problemas frequentes no abastecimento de água em Ponta Grossa iniciaram há mais de um mês.
No dia 13 de fevereiro a Sanepar iniciou uma série de manobras de redução de abastecimento no município, deixando regiões sem o abastecimento por horas ou dias.
Na época, a justificativa foi que havia água nos reservatórios, mas a companhia não estava dando conta de fazer o tratamento devido ao aumento do consumo durante a onda de calor registrada na cidade e em todo o país.
Desde então, a Sanepar vem fazendo obras emergenciais para ampliação do sistema e deixando bairros sem água durante as manobras adotadas.
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