Procon notifica CBF após site de venda de ingressos para Brasil e Equador retirar anúncio de gratuidade para menores de 7 anos


Ao ser questionada por pais, FutebolCard recomendou eles adquiram entradas para os filhos ‘por precaução’. No entanto, ingressos para a partida esgotaram no início da tarde de segunda-feira. Site anunciava gratuidade para crianças com menos de 7 anos para o jogo entre Brasil e Equador, em Curitiba
Reprodução
O Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor do Paraná (Procon-PR) notificou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) após o aviso de gratuidade de ingressos para o jogo entre Brasil e Equador para crianças menores de 7 anos ser retirado do site da empresa FutebolCard.
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A partida, que faz parte das Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA 2026, ocorre nesta sexta-feira (6), no Estádio Major Antônio Couto Pereira, em Curitiba.
No domingo (1º), os ingressos começaram a ser vendidos pelo FutebolCard – que afirma ser o maior portal de venda de ingressos do Brasil e também foi notificado pelo Procon-PR. Quando a venda foi liberada, às 20h, um aviso de gratuidade para crianças menores de 7 anos era veiculado no site.
O texto indicava que “criança menor de 7 anos tem direito a gratuidade” e que, para ter acesso ao estádio, ela deverá estar acompanhada do responsável legal e comprovar a idade mediante apresentação de documento de identidade.
Porém, cerca de duas horas depois, o aviso foi retirado.
A notificação do Procon se baseia também em uma lei estadual que assegura o acesso gratuito de crianças menores de 12 anos, acompanhadas de responsáveis, à atividades esportivas realizadas em estádios e ginásios localizados no Paraná. A determinação está em vigor desde janeiro de 2012.
Da mesma forma, a Defensoria Pública do Paraná recomendou que a FutebolCard, a CBF e o Coritiba garantam a entrada gratuita de crianças menores de 12 anos, como prevê a legislação paranaense.
Segundo o órgão, caso haja reclamações e comprovação sobre a proibição, o Núcleo de Defesa do Consumidor afirma que “adotará as medidas cabíveis para reparação de eventuais danos”.
O g1 aguarda resposta da FutebolCard e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
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Insegurança e confusão
Marcel comprou ingressos assim que as vendas iniciaram e pretendia levar o filho de 6 anos
Arquivo Pessoal
A mudança causou confusão entre os torcedores que pretendiam levar os filhos menores de 7 anos ao jogo, como é o caso de Marcel Ferreira da Costa, que comprou ingressos assim que as vendas iniciaram, e pretendia levar a família, inclusive o filho, de 6 anos.
“Vi o aviso [de gratuidade] tão logo anunciaram a venda de ingressos, inclusive printei e mandei a um grupo de pais dos colegas de futsal do meu filho […]. Printei como informação, já que seria uma benesse para os colegas do meu filho, todos menores de 7 anos. No fim este print acabou sendo uma prova da veiculação da informação no site do FutebolCard”, conta.
Confiando no aviso do site, Marcel não comprou o ingresso para o filho de 6 anos.
“A informação fez com que a gente não comprasse o ingresso dele, afinal, se você tem uma informação oficial, do site de venda de ingressos, dizendo que tem gratuidade até sete anos, sem a necessidade de retirada de algum voucher, sendo suficiente apenas a apresentação do documento de identidade válido e a presença do representante legal, eu não vou comprar um ingresso de R$600,00 à toa”
Depois da retirada do aviso, ele questionou a FutebolCard, que disse que “ainda não tem informações sobre a política de gratuidade para o evento” e que “a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgará essas informações posteriormente”.
Na resposta, dada pela empresa no fim da tarde de segunda-feira (2), a FutebolCard recomendou a Marcel que ele adquira ingressos para o filho “por precaução”. No entanto, as entradas para a partida esgotaram ainda no início da tarde daquele dia.
Empresa disse que não tinha informações disponíveis sobre política de gratuidade para o evento
Reprodução/Reclame Aqui
Após a resposta, Marcel entrou com um pedido de uma decisão liminar para que possa levar o filho à partida.
O pai conta que o menino está empolgado para assistir o jogo, que havia combinado de ir junto com os amigos do futsal, e que ainda não sabe que corre o risco de perder a partida.
“É um absurdo veicular uma informação e voltar atrás. Isto pode gerar muita insegurança e, acima de tudo, confusão, afinal muitos pais não sabem que a informação foi retirada e irão enfrentar uma situação complicada no acesso ao estádio, sem poder largar os filhos menores de 7 anos, e vão acabar perdendo seus ingressos também”, lamenta Marcel.
Couto Pereira será palco de Brasil x Equador
JP Pacheco/Coritiba
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