Polícia Civil investiga se há relação entre os casos. Empresário foi resgatado em Santa Catarina. Defesa de suspeita diz que acusação é leviana e que não há provas. Auditor de empresa é baleado em Curitiba
O advogado do empresário de Curitiba sequestrado por uma funcionária afirma que o crime foi motivado por uma auditoria contradada pelo homem para apurar suspeita de desvio de dinheiro na empresa.
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Segundo o advogado Jeffrey Chiquini, o empresário contratou um auditor para apurar possíveis desvios do caixa do estabelecimento. Em junho, o auditor chegou a ser alvo de uma tentativa de homicídio na frente da empresa.
Câmeras de segurança registraram o crime. Nas imagens é possível ver que o auditor chega de moto na empresa. Um homem atravessa a rua e dispara contra ele, que cai no chão. Assista ao vídeo acima.
A tentativa de assassinato aconteceu porque o auditor “estava chegando” aos suspeitos do desvio do dinheiro, conforme o advogado. Chiquini diz ainda que os desvios aconteciam há quase três anos.
Depois da situação, segundo o advogado, um novo auditor foi contratado.
“Visando, então, colocar fim a tudo isso, armam o sequestro desse empresário, para transferência daquele valor que estava na conta bancária, a finalidade era matá-lo. A nossa missão agora é linkar os dois casos, a tentativa de homicídio do auditor e o sequestro do empresário: é tudo uma coisa só, tudo começa quando se contrata um auditor”, defende o advogado.
A Polícia Civil diz que apura se há relação entre os casos e afirma que as investigações continuam.
Igor Ogar, responsável pela defesa da funcionária Liziane da Silva Ferreira, suspeita de ser mentora do crime, disse que a acusação é “leviana” e busca “distrair e disfarçar situações gravíssimas que logo serão trazidas a público”.
“Não existe qualquer prova material ou documental que sustente a relação de minhas constituintes nesta tentativa de homicídio, até por que sequer as mesmas respondem oficialmente por este crime”, afirma Ogar.
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Polícia investiga participação de outras pessoas ligadas à empresa
Segundo Chiquini, outra funcionária, que ocupava uma função de gerência, também tem participação no sequestro.
De acordo com o advogado, a mulher pediu demissão na última sexta-feira (20). Ele defende que ela teria fornecido aos outros suspeitos informações sobre aplicações financeiras da empresa.
A RPC apurou que a polícia investiga a participação de outras pessoas ligadas à empresa.
O sequestro
De acordo com as investigações, o grupo provocou uma batida e sequestrou a vítima. Após o acidente, o homem foi forçado a entrar no próprio veículo e foi levado pelos criminosos. Horas depois, o carro foi encontrado incendiado.
O momento do sequestro foi flagrado por câmeras de segurança. Nas imagens é possível ver que o veículo do empresário para após esbarrar em outro carro. Depois, os suspeitos saem do carro, forçam o homem a entrar no próprio veículo e ele é levado pelos criminosos. Assista ao vídeo:
Vídeo mostra momento em que empresário é sequestrado em Curitiba
O empresário foi resgatado no dia seguinte, em Monte Castelo, Santa Catarina, após os suspeitos serem perseguidos pela polícia
Enquanto esteve sob o domínio dos suspeitos, o empresário foi forçado a transferir dinheiro da conta bancária. Eles pediram cerca de R$ 3 milhões.
O plano não se concretizou porque o gerente do banco, ao perceber o valor que seria transferido, desconfiou e acionou a polícia.
De acordo com a Polícia Civil, Liziane da Silva Ferreira, de 38 anos, contratou o sobrinho e amigos dele para auxiliar no crime. Os suspeitos começaram a monitorar a vítima pelo menos 14 dias antes do crime.
Além de Liziane, outras quatro pessoas foram presas suspeitas de envolvimento no crime, entre elas o sobrinho da funcionária. Ela foi solta no domingo (22) e os outros suspeitos permanecem detidos.
O marido dela também foi conduzido a delegacia, onde foi ouvido e liberado. Conforme a polícia, ele deu informações sobre a participação dos outros suspeitos.
Carro do empresário foi encontrado incendiado
RPC
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Sequestro de empresário de Curitiba foi motivado por auditoria para apurar desvio de dinheiro, diz advogado
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