Oss é treinado para atuar em grandes tragédias. Outros dois cães e onze militares do Paraná foram enviados para a missão no estado gaúcho. Oss, um dos cães em busca de sobreviventes no RS
Corpo de Bombeiros/Reprodução
O cão farejador Oss, do Corpo de Bombeiros do Paraná, ajudou nas buscas por vítimas em tragédias de Petrópolis (RJ) e Palotina (PR) e embarcou neste sábado (9) para mais uma missão: buscar desaparecidos após ciclone atingir o Rio Grande do Sul.
Até a publicação desta reportagem, 41 pessoas morreram e 46 continuam desaparecidas após passagem do ciclone extratropical pelo estado gaúcho.
Ao todo, o Paraná enviou três cães farejadores e onze bombeiros e policiais militares na operação de apoio.
Oss e o tutor, o sargento Rafael Vaz, saíram de Cianorte, no noroeste do Paraná. O pastor alemão, de quatro anos e meio, é especialista em fazer varreduras e faz parte do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost). Veja fotos no final desta matéria.
“Um dos requisitos é o cão ser certificado na modalidade que vai atuar. Então, o Oss é certificado para achar pesoas tanto com vida, quando sem vida”, explica o sargento Rafael Vaz.
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Oss, em Petrópolis do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost).
Corpo de Bombeiros/ divulgação
Os cães são treinados com uma técnica chamada venteio, detectando o cheiro pelo ar, sem necessidade de ter tido contato com item com o odor para referência, segundo o Corpo de Bombeiros.
Os animais conseguem identificar cheiros de pessoas que estejam à frente e indicam a presença caso encontrem algo.
Oss e o sargento Rafael Vaz do Corpo de Bombeiros de Cianorte.
Reprodução/RPC
Missões no currículo
Oss já atuou em grandes tragédias pelo Brasil, como as fortes chuvas que atingiram Petrópolis (RJ) em fevereiro de 2022, deixando 178 mortos, milhares de feridos e mais de 4 mil desabrigados.
Outra missão de que participou foi a série de explosões em uma cooperativa de Palotina (PR) em 26 de julho, que resultou na morte de 10 pessoas.
O cão também participou da busca pelo corpo da menina de quatro anos encontrada morta dentro do Rio do Corvo, em Terra Rica, com sinais de asfixia em 13 de maio.
Oss, em Petrópolis do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost).
Corpo de Bombeiros/ divulgação
Dificuldade nas buscas
Segundo o sargento, o objetivo das buscas em grandes tragédias em outros estados ou países é se unir a equipes locais e traçar a melhor alternativa de colaborar.
“Uma das dificuldades é a equipe se manter no local. O objetivo é que a equipe do Paraná vai para somar, assim como todas equipes devem ser”, disse.
Outros dez militares do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) e do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost) embarcaram esta semana para cidades atingidas no estado gaúcho.
Além das buscas, as equipes também colaboram no transporte de doações nas regiões de difícil acesso.
Governo do Paraná envia aeronave para auxiliar nas buscas de vítimas desaparecidas após ciclone no Rio Grande do Sul
BPMOA
Tragédia no RS
Três municípios concentram os casos de desaparecimento decorrentes das fortes chuvas, conforme o balanço.
Em Muçum, são 30 pessoas desaparecidas. Lajeado e Arroio do Meio registram oito desaparecimentos cada.
Até essa publicação, mais de 12 mil pessoas estão fora de casa devido às inundações. A Defesa Civil calcula que a quantidade de pessoas afetadas ultrapassa 147 mil.
FOTOS: Oss e sargento do Paraná são escalados para resgate no RS
Oss, vai para missão no Rio Grande do Sul
Reprodução/RPC
Oss, vai para missão no Rio Grande do Sul
Reprodução/RPC
Oss, vai para missão no Rio Grande do Sul
Reprodução/RPC
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Cão farejador que atuou em tragédias de Petrópolis e Palotina viaja para ajudar nas buscas no Rio Grande do Sul; VEJA FOTOS
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